Criando memórias
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Se o dinamarquês Hans Christian vivesse nos dias atuais, e conhecesse Castanheira, no noroeste de Mato Grosso, talvez fizesse uma versão adaptada de seu famoso conto de fadas ("O patinho feio") para uma vaca que, coincidentemente, tem o nome de Dinamarca. Trata-se de uma matriz do produtor rural Amilton Sant’Anna, que nasceu feia, cresceu feia e, de repente, tornou-se uma bela produtora de leite, destaque entre suas crias.
Dinamarca pode ser uma das surpresas numa edição do Torneio Leiteiro de Castanheira que terá várias matrizes oriundas de propriedades de outras regiões, conhecidas pelo empenho em pesquisa e produção em pecuária de alto rendimento. Ela é de Castanheira mesmo, nascida no Sitio Baixão Verde, que tem história no evento. Amilton, seu proprietário, participou das 23 edições do torneio, desde os tempos em que o mesmo era realizado por um Laticínio local. Ganhou o prêmio em três delas.
Vice no ano ado, também com uma concorrente caseira, Amilton tem sido um dos mais exemplares participantes do evento. Sempre tranquilo, pacífico, costuma colocar Deus na conversa. “Se for da vontade dEle, podemos alcançar um bom resultado”, destaca, quando consultado sobre probabilidades em 2019. Lembra que Dinamarca está alcançando marcas melhores. Contudo, mesmo que não chegue lá, essa vaca já fez história. Quem a conheceu, feia, muito feia, não imaginava que se transformaria num belíssimo exemplar. Quem não a conhece, poderá conferir de perto na próxima semana, no Parque de Exposições, onde acontece a 17ª do Torneio Leiteiro promovido pelo governo municipal.