Intérprete originário de região pantaneira, leitor do Innovare News e amigo do editor Vivaldo Silva começa a dar visibilidade ao seu trabalho musical. 284s70
Anderson Neves já é um trintão. Se para alguns já é uma idade avançada para aparecer no cenário cultural, a história revela exceções. E por que não ganhar espaço a música deste sul-matogrosense de Aquidauana, a capital do pantanal, hoje residindo em Nioaque? De uma família de três irmãos e de muita gente ligada a música, embora esteja nesta trilha há muito tempo, por simples prazer, só agora resolveu mostrar a sua cara, ou melhor, o seu talento.
Como em muitas histórias que ganham força em contextos menores, mas merecem projeção, a de Anderson tem presença forte num Bairro emblemático da cidade também conhecida como Princesa do Sul, o Quarenta. Ali brincou com seus amigos, frequentou o Projeto Social Aquidauana, da Igreja Presbiteriana do Brasil, dirigido, entre outros, por Josefa Sales e Vivaldo Silva, hoje residindo em Castanheira e, aos 13 anos, ganhou um Walkman. Este meio de entretenimento musical, febre nas décadas de 80 e 90 do século ado, mudaria sua vida. “Me fez viajar nesse universo”, destaca.
Das influências musicais, os nomes definem o perfil eclético de Anderson: das bandas cristãs Resgate e Oficina G-3, ando por nomes da IPB como Milton Nascimento, o regionalíssimo e conterrâneo Almir Sater, os modernos Ed Sheeran e Tiago Iorc a bandas como U2 e Coldplay. Mas confessa que é desta banda inglesa que recebe a maior influência. Daí a decisão de gravar “The Scientist” em estúdio montado em sua própria casa. Escolheu a canção por causa da mensagem que a sobre a dificuldade do ser humano em perdoar.
Se a pequena Nioaque já tem duas referências importantes na história (foi um dos cenários da Retirada da Laguna e contexto de caserna, por três anos, do atual presidente da república, Jair Bolsonaro), quem sabe não inclua, a partir do canal no youtube “Criarts Music”, o nome de Anderson? Nesta produção com a música do Coldplay participam Bruno Luiz Arruda de Oliveira, auxiliando na produção musical, Alex Paulo da Rocha, como músico e o menino da gaita, definido como “cereja do bolo”, Rafael Portes Neves, filho mais novo de Anderson, de apenas 8 anos. “Ele tem um talento e uma percepção musical incríveis”, diz o intérprete e pai coruja.
Para os que gostam de coincidências, o Castanheira News ouviu o pastor e músico Abisael Barbosa, hoje residindo em Itapecerica da Serra, São Paulo, que já esteve em Castanheira numa das edições do Dia do Evangélico, compondo uma caravana da qual fazia parte a Banda 4Seres, muito ligada a Aquidauana, a terra de Anderson, por ser de Anastácio, cidades separadas apenas pelo Rio Aquidauana. “O Anderson tem a linguagem da música que se faz em nossos dias, por isto ele poder ir longe”. Usando uma frase do ambiente de ambos: “Que Deus esteja confirmando!”.
