Castanheira se despede do pioneiro Amâncio José da Silva 2a6n73

Castanheira sepulta nesta segunda-feira, às 11 horas, com cortejo fúnebre saindo da Casa da Saudade na direção do Cemitério Bom Jesus, um de seus pioneiros. Amâncio José da Silva, 78, faleceu neste domingo, 13, por volta das 14 horas, em sua residência, depois de uma luta de mais de 7 anos contra um câncer.

Nascido em  Gracionópolis, hoje Tupi Paulista,  marcou presença na história do município, onde chegou no início dos anos 80, do século ado, durante os ciclos iniciais de seu desenvolvimento, especialmente do arroz, nos tempos em que várias beneficiadoras existiam na região, e do café, que nos últimos anos voltou para a agenda do homem do campo.

De hábitos simples, gostava, em seus anos mais recentes, de pescar nos córregos do entorno de sua morada, no Sítio Ouro Fino, na linha 02. Para os filhos, como a geração antiga, sempre tinha um bom conselho pra repartir, usando fundamentos de sua fé. Devoto de N. S. Aparecida, participou, no sábado, de um terço direcionado a ela. "Foi  um ato de despedida", observa um dos presentes. 

Elias Pereira da Silva, 41,  um dos 7 filhos, cita como marca da presença paterna, o fato de ser um homem trabalhador. Marciana, 23, lembrada entre os 10 netos, observa que o avô era muito brincalhão e embora paulista, do interior, era chegado no hábito mineiro de comer queijo com goiabada.

Na última noite dele por perto, neste domingo, 13, mesmo que em silêncio, as lembranças fizeram eco na Casa da Saudade. Filha do coração, Silvana A. Silva, 32, destaca que será eternamente grata pelo gesto de inseri-la no seio da família. “O momento é de gratidão”, fala, já em tom de despedida. 

Antônio Ferminino, 53, amigo de décadas usa o mesmo termo ao observar ter ele como um pai. “Foi a primeira pessoa a me dar oportunidade em Castanheira”, diz, ao facilitar o plantio de uma roça, na linha 03. Como todos, se diz feliz em ver que o amigo deixou todos os filhos encaminhados. Em síntese, cumpriu sua missão terrena.