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O assunto relacionado ao esporte mato-grossense mais comentado das últimas horas não foi a apresentação do jogador Michael, filho de Poxoréu e revelação do Campeonato Brasileiro 2019, ao Flamengo, no Ninho do Urubu, nesta terça-feira, 21. A provável contratação do goleiro Bruno, que coincidentemente ganhou expressão no mesmo Flamengo, pelo Operário de Várzea Grande, dominou as atenções.
As manifestações, a favor e contra, tomaram dimensões inimagináveis pelos diretores do Clube. Nas redes sociais, a qualquer texto relacionado, em vários sites, seguiam-se discussões acaloradas, sem limites semânticos.
Antes da partida de estreia da equipe, contra o Poconé, pelo Campeonato Estadual, na terça, um estridente ato de protesto aconteceu na entrada do Estádio Municipal Dito Souza, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, movido a som de tambores e cartazes com dizeres como “Quem contrata feminicida apoia o feminicídios”, “Respeitem as Mulheres” e “Não compre ingresso, não pague para ver feminicida”.
A exemplo do que já tinha acontecido em Feira de Santana, na Bahia, onde Bruno chegou a ser anunciando como jogador do Fluminense local, as manifestações fizeram com que a contratação fosse suspensa. “Devido a toda essa repercussão e a perda de alguns patrocinadores, tivemos que rever a decisão”, diz trecho da nota divulgada pela diretoria.
Entenda o caso
O goleiro Bruno Souza e sete pessoas foram a júri popular, pela morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta e que teria tido um filho com ele. Para a Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais, a modelo foi morta em junho de 2010, na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.
Ex-Flamengo e Atletico-MG, Bruno foi condenado a mais de 20 anos de prisão. Depois de cumprir parte da pena em regime fechado, recebeu liberdade condicional, o que poderia possibilitar sua volta ao futebol. As tentativas, porém, tem gerado forte pressão popular.
